O Micporto, Movimento de Intervenção e Cidadania da Região do Porto, vai realizar as seguintes iniciativas, no próximo sábado dia 31 de Janeiro, com a presença de Manuel Alegre:
Comemorações do 31 de Janeiro
1. Inauguração da Sede Social deste Movimento, situada na Rua de Júlio Diniz – 728 – 3º. Andar – Sala 328 (Boavista), às 17H30.
2. Jantar Comemorativo do dia 31 de Janeiro, no Grande Hotel do Porto, situado na Rua de Santa Catarina, às 20H00. Neste Jantar o nosso convidado Manuel Alegre fará uma intervenção sobre a realidade política actual, às 21H00.
(Inscrições para Ernesto Silva – Telemóvel – 919370625. Custo 20 Euros por pessoa)
A Junta de Freguesia de Rio Tinto promove no próximo sábado, dia 31/01, pelas 17h30m, em conjunto com a Edium Editores, o lançamento do livro "Madrugada sem Fronteiras", do autor Riotintense Albino Santos.
O lançamento decorrerá no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto, sendo o livro apresentado pela Deputada Isabel Santos, participando ainda a Poeta Maria Mamede e Carlos Andrade, que fará um interlúdio musical.
No dia em que falarem de mim
como de alguém que passou
e depositarem ramos de flores
junto à lápide encomendada,
direi convicto: também eu vivi,
também eu, mortos, vos esqueci,
ou fiz de conta, perdoai-me,
que não era nada comigo.
E prometo, se for o caso,
acenar do cimo das nuvens,
(harpa nas mãos tangida
sob as arcadas do paraíso)
aos que apareçam na varanda
dos prédios onde morei
— caso ainda se tenham de pé —
e onde, umas vezes mal,
outras vezes bem,
me deixei de palavras, de versos,
e amei.
Mesmo não tendo rezado
ou confessado pecados, ou comungado,
estive sentado em solo sagrado,
frequentei igrejas,
admirei os vitrais de Chartres,
persignei-me com a sinceridade possível
(não fosse alguém reparar)
e munido de um bom pretexto
para repousar as sandálias
nas pedras tementes a Deus,
bebi da garrafa de água frizzante,
mudei o rolo da máquina
e converti-me aos encantos do cristianismo.
Uma vez, eu pecador me confesso,
lavei as mãos nas santas águas
de uma pia baptismal.
para Agostinho Santos, Álvaro Magalha Joâo Luís e Manuel António Pina
Somos daquela espécie de gente
que se frequenta dia após dia
(às mesmas horas sempre),
umas vezes como quem parte
outras como quem chega
e deixa no bloco de notas
secreto pensamento
colhido na mesa em frente.
Daquela espécie de gente
que recebe sonoros abraços
e assina pactos de solidão
enquanto os empregados,
sonolentos, apagam as luzes
— alumiavam nossas cabeças
esquecidas de ir embora.
Seguram na porta que dá para nós,
longos e vazios corredores
de onde queremos às vezes
(mas não podemos)
sair.
V.C.I.
para Paulo Evaristo e Pedro Quezada
O cântico dos carros sobe do asfalto.
Há quem venha espreitar a recolha do lixo
depois de jantar, enquanto fuma à janela,
respondendo para dentro à voz de criança
que chama no quarto, ou mais perto,
àquela que diz haver pratos na mesa
por levantar.
O jornal deu emprego ao tempo,
serviu-se das tuas mãos
para fazer desfilar em voz baixa
os óbitos do dia.
O vento desce das tílias
para folheá-lo no banco de jardim
onde as pombas se ocupam da velhice
e o cigarro, cravado,
sabe ao sol da manhã,
ao sol redondo e perfeito
de uma manhã iletrada.
Um par de pernas ondeia
por entre canteiros de flores,
um par de pernas com livros
a caminho da biblioteca,
levando rasgado no peito
um decote redondo e perfeito.
Hominídeos
(ode ao Vale do Rift)
para o Rui Manuel Amaral
Carregamos a culpa do olhar gasto
nas montras, e do tempo
perdido nos cafés.
Fazemos a travessia do Inverno nos quartos
uns dos outros, e aquecemos os dedos
no lume brando da Primavera,
uma e outra vez baixamos o rosto exausto,
às vezes temos vergonha
porque não sabemos ser
o que somos.
Empilhados em prédios
ou fechados em condomínios,
somos flores de estufa,
parecemos limpos mas temos sujo
muitas vezes o coração.
Rumamos ao parque das merendas
de vidro aberto, braço de fora
e rádio a tocar,
ou esperamos por mesa
no restaurante à beira-mar
(lavagantes na ementa dominical)
com palavras desmedidas,
mãos sem lugar,
e amor apesar de tudo,
amor a falar baixinho
com medo de se acordar.
Rugem feras no escuro da sala
depois de jantar,
em magnéticas selvas que documentamos,
experimentando o longínquo temor das coisas longínquas
no ecrã que faz dançar o sofá
com estranha luz de plasma
e alta definição.
Morreremos sem pisar de novo
a terra firme da savana.
Esquecer Lucy, seus frágeis,
ternos ossos,
esqueceremos também o apelido
do pai, Leakey,
e onde quer que nos deitemos
estaremos sempre muito longe de casa.
Rui Lage
Choro, enquanto escrevo estas linhas, por causa disto:
“O meu pai dizia sempre que os carros da volkswagen resistiam a tudo porque não-sei-quê da segunda guerra mundial, e eu , aqui dentro, queria que o meu pai fosse um carro da volkswagen. Para que nunca desse problemas. Para nunca me acabasse.”
in “Espero bem que não”, blog de Fernando Alvim
PAI, onde quer que estejas, olha pelas minhas filhas!
Faço minhas as palavras de Ana Gomes in Causa Nossa:
“Penei demasiado com as tentativas de assassinato político e de carácter de que foi objecto Eduardo Ferro Rodrigues, perante o ensurdecedor silêncio de muitos que tinham a obrigação de não ter ficado calados. Não ficaria, assim, de bem com a minha consciência se, em oportunidade que poderá vir a revelar-se de semelhante e sinistra natureza, não testemunhar a José Sócrates, sabendo o que hoje se sabe, a solidariedade que me merece ele próprio, as declarações que proferiu e a situação com que se confronta.”
Manuel M. Oliveira
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) defendeu hoje o fim do sigilo bancário e fiscal, alegando que estes protegem «privilégios de grupo» e impedem uma investigação criminal «fiável».
«Os sigilos bancário e fiscal defendem normalmente privilégios de grupo; não haverá, por isso, investigação criminal fiável e consequente dos crimes de colarinho branco sem o acesso da administração legitimada à vida bancária dos cidadãos», disse Noronha do Nascimento, na cerimónia de abertura do Ano Judicial, no STJ, em Lisboa.
in Diário Digital/Lusa
27/01/2009
P A U L E T A
P A U L E T A
humilde, discreto, eficaz
subiu a pulso
um Campeão
uma homenagem justa e merecida
parabéns
As "tias" que andam pelo social e saltam de festa em festa emprestando a sua presença para que o dono da casa pareça estar "in" cobram por isso e, no "meio", chama-se a esse tipo de actividade uma "aparição".
Aparecer ali ou acolá custa dinheiro. A vida tem destas desigualdades e injustiças. Há quem se esfarrape toda a vida, cumpra com os seus deveres religiosamente e não consiga passar da cepa torta. Mas uma "tia" bem "apessoada" consegue sempre safar-se se quiser alinhar neste esquema das "aparições". Há umas quantas que, não tendo onde cair mortas, emprestam o seu corpinho a esta ou aquela loja para fazerem de cabide, isto é, para usarem e mostrarem a roupa que não podem pagar mas que outras, possivelmente menos "tias", pagarão depois de verem a roupinha numa qualquer aparição.
É assim o mundo de hoje. E dá alguma raiva, nos tempos difíceis que correm, que esta gente se vá safando. Em boa verdade nada fazem de mal, a não ser fingir ter mais do que têm, encenar um ambiente que é irreal e sacar umas coroas cuja única ilegalidade é fugirem ao Fisco, certamente porque "aparição" não consta de nenhuma profissão oficialmente catalogada.
Bem mais grave é o que se passa no mundo dos negócios. Se as "tias" aparecem, no mundo dos negócios há mil formas de cobrar. E a diferença é que muitas vezes se pisa o risco e a actividade torna-se ilegal. Um homem de negócios não faz - creio eu - aparições. Mas alguns dedicam-se a fazer apresentações, mediar encontros e achar-se no direito de cobrar por isso. Possivelmente com toda a legalidade do seu lado.
A história do tio de Sócrates, independentemente do que valha, vale por isso. Ser fulano ou beltrano, pouco importa, o que vale é ser tio ou primo de. Em Portugal a actividade de lóbi não está regulamentada. E era melhor que estivesse, porque tudo seria mais claro. Infelizmente, vivemos numa sociedade que é pouco transparente, que aceita apresentações e aparições, e que não raras vezes não premeia nem promove o mérito. Uma sociedade assim só pode caminhar a passos largos para a decadência, cavar cada vez mais fundo a distância entre os que muito têm e os que, trabalhando muito, não conseguem aparecer um degrauzinho mais acima.
…
O país anda em rebuliço devido ao caso Freeport, que poderá vir a implicar José Sócrates. Gostava que ele aproveitasse a boleia para deixar de ser primeiro-ministro?
Não. Infelizmente não há ninguém - ninguém mesmo - com capacidade para ocupar o lugar dele melhor do que ele.
Ficará desapontado se isto servir para condicionar as legislativas?
... Neste caso, espero que Sócrates não perca as eleições. Tem que dar a volta por cima.
…
Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés
in “Jornal de Noticias” de 25/01/2009
Recebi hoje por mail esta foto/imagem que considero genial.
Depois de uma pausa, regressamos, com textos e fotos daqui:
GELADO A DERRETER
Realmente como tudo indica nas imagens algo deve mesmo estar gelado, pois só se vê duas montanhas prontas a entrar em erupção…
ESTILISMO
O estilista que fez a criação deste bikini é desconhecido agora que se a moda pega muita gente vai gostar, isso de certeza pois pelo que parece tem meio bikini e na parte de trás não se sabe mas da para imaginar…
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