O livro Os Donos de Portugal expõe a história da burguesia, e do seu processo de acumulação de capital, no período de cem anos, compreendido entre 1910 e 2010.
Se, por um lado, são abordados os recentes escândalos associados ao BCP, BPN e BPP, os autores procuram abordar as origens das grandes fortunas, nascidas “da protecção: pelas pautas alfandegárias contra a concorrência, pela ditadura contra as classes populares, pela liberalização contra a democracia na economia”, e demonstram “como os donos de Portugal se instalam sobre o privilégio e o favorecimento”.
"O problema de Portugal são os donos do país"
A finança e o poder político são “irmãos gémeos” na constituição da riqueza, eis a conclusão do livro Os donos de Portugal, resumiu Francisco Louçã, um dos cinco co-autores do livro lançado esta quarta-feira, e para quem a cultura do privilégio “conduziu à crise”.
“Se um em cada cinco dos ministros e dos secretários de Estado que tomaram todas as decisões sobre economia em 30 anos passou pelo BCP e um em cada dez pelo BES, percebemos que a Finança e o poder foram sempre irmãos gémeos nesta constituição da riqueza e do privilégio, e é essa história concreta que esse livro conta”, afirmou Francisco Louçã.
Os donos de Portugal, cem anos de poder económico 1910- 2010, livro co-escrito por cinco dirigentes do Bloco de Esquerda - Jorge Costa, Luís Fazenda, Cecília Honório, Francisco Louçã e Fernando Rosas - foi lançado esta quarta-feira, na Livraria Buchholz, em Lisboa, e apresentado por Fernando Oliveira Baptista.
"Os donos de Portugal são os donos dos governos”, resumiu Louçã aos jornalistas, sublinhando que nos últimos 100 anos escreveu-se “uma história permanente do apoio do Estado à formação da riqueza”. A “interpenetração das famílias” detentoras do poder económico é outra das conclusões da obra.
“Descobrimos, sem surpresa, que Mello e Champallimaud são a mesma família, que também se cruzam com os Espírito Santo, com os Pinto Basto, com os Ulrich. As famílias da burguesia portuguesa são quase todas a mesma família”.
“É uma oligarquia financeira fortíssima, protegida pelo Estado, apoiada pelo Estado, financiada pelo Estado, vivendo de rendas do Estado, uma grande família que tem dominado Portugal ao longo de 100 anos”, sustentou.
A actualidade do estudo, sublinhou Francisco Louçã, é a demonstração de que “o que fracassa no nosso país é o favorecimento, é a riqueza, é o privilégio”.
“O privilégio conduz-nos à crise, porque significa uma economia sem ambição, uma economia sem projecto, sem desenvolvimento”, afirmou, em que “uma família de famílias, praticamente todos cruzados por casamentos ou alianças, ao longo de 100 anos, foram os donos do pais e voltaram a ser os donos do país agora”.
O livro pretende demonstrar, afirmou Francisco Louçã, que “quanto maior é o seu poder maior é a debilidade de Portugal e maior é a inconsistência da economia portuguesa”.
Para Fernando Rosas, “este é um ensaio sobre os últimos 100 anos de luta entre o poder económico e o poder político”.
in esquerda.net
MAP/PORTO
Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República
DEBATE TEMÁTICO - Sede da Candidatura no Distrito do Porto:
Rua do Bonjardim, 694 ( Largo Tito Fontes)
HOJE,TERÇA-FEIRA, 26 OUTUBRO 2010, 21H30M
Economia em tempo de crise: que alternativas?
As notícias de Bruxelas dizem-nos que a Alemanha persiste na imposição aos países menos desenvolvidos da Eurozona de uma drástica redução da despesa pública. Os sectores políticos afectos ao actual Presidente da República clamam por “reformas estruturais”, quer dizer, ainda maior desregulamentação do mercado de trabalho e um estado social a duas velocidades separando serviços de educação e saúde para as classes média e alta dos serviços para os remediados e pobres.
Em vez de uma política de relançamento da procura à escala europeia, dessa forma cooperando com os EUA para uma saída da crise que é global, a União Europeia decide impor a austeridade generalizada para que nenhum estado-membro deixe de contribuir para a recessão geral. E impõe também os instrumentos da política: “não é credível” reduzir os défices dos estados (aliás no essencial criados pela crise dos bancos) através de uma subida de impostos sobre os mais ricos acompanhada de uma redução criteriosa na despesa pública. Não, para a Alemanha, agências financeiras e fundos especulativos só serve um corte grande e cego na despesa. Nos impostos não se mexe. Quando muito, aceitarão uma subida no IVA que é um imposto que, em proporção, mais penaliza os remediados e os pobres.
Estamos numa encruzilhada histórica. A próxima eleição presidencial e o mandato que lhe sucede representam um momento decisivo para o futuro do nosso País.Teremos todos consciência do que está em jogo? Manuel Alegre disse há dias no Centro Cultural de Belém que se oporá com determinação a qualquer tentativa de ataque ao ‘estado social’ a pretexto do combate à crise. É tempo de nos juntarmos para reflectir sobre as escolhas difíceis com que seremos confrontados em breve. Que esperamos de Manuel Alegre na Presidência? Que lhe queremos dizer?
Participam neste debate os economistas António Manuel Figueiredo, João Rodrigues e José Carlos Ferraz.
MAP/PORTO
O Mandatário,
Manuel Correia Fernandes
Contacto: 935366547
in http://www.micportugal.org/
Que fique claro, a crise é uma coisa má. Não há linha nenhuma que me convença do contrário. É uma coisa má, não há volta a dar-lhe, mas, - e esta é que é a verdade - aconteceu. A crise é como se fosse um acidente. É claro que há sempre alguém que irá dizer que podia ter sido evitado, que a culpa é da ganância e do capitalismo, mas aqui entre nós, quando se tem um acidente de viação, a ideia de que se tivéssemos ficado em casa aquilo não nos teria acontecido, também nos ocorre. E isto leva-me a concluir, que eventualmente se não vivêssemos, a crise não existiria. Melhor ainda, se o mundo não existisse, não havia crise. Aliás, até um miúdo de 4 anos de idade sem ser muito esperto, percebe que a melhor solução para acabar com a crise, é precisamente acabar com o mundo. E pronto, temos isto resolvido. Morremos todos, o mundo acaba, com ele a crise também, fecham-se as cortinas e já está, até um dia destes, foi um dia muito bonito.
Mas não, o mundo não pode acabar assim e a crise pode não ser assim tão má. Reparem bem, a crise é faltar a luz. E só isso. E quando falta a luz, apetece falar sobre isso com os vizinhos para perceber se também lhes aconteceu. E aqui entre nós, há uma certa felicidade quando estes nos dizem que sim, que é geral e que está tudo sem luz e entre e beba aqui um copo connosco que está tão bom. E enquanto há uns homens quaisquer que estarão a tentar solucionar o problema - que é o que dizem sempre na linha da EDP - o melhor é irmos acendendo as velas. Seja para ver alguma coisa ou simplesmente rezar à nossa senhora de Fátima.
Daí que esta crise é uma avaria geral que uns homenzinhos estão a arranjar. Isto é, arranjaram um problema e estão a tentar solucioná-lo, embora nós tenhamos também contribuído para ele. Porque se a luz foi abaixo, foi porque quisemos ligar tudo ao mesmo tempo e o quadro não aguentou. Foi exactamente isto. Ora vejam lá se os interruptores laranjas não estarão todos em baixo?! Pois estão. E se os colocarem de novo para cima, o que é que acontece? Garanto-vos que não se irão aguentar nem um segundo. E isto porquê? Porque ainda não há energia suficiente para que isso aconteça. E sendo assim, o que fazer? Acumulá-la, poupá-la, viver de igual modo, mas com menos ingredientes. Isto é exactamente igual a uma dieta. Pode-se comer as mesmas coisas, mas sem abusar do sal e das gorduras polinsaturadas. Pode-se viver na mesma, mas sem os luxos e excedentes do passado. E sabem que mais, pode até ser mais romântico viver sem luz. De preferência, com uma eslovaca à nossa espera.
Fernando Alvim
in blog Espero bem que não
"Com os actuais estatutos e o peso que as associações têm, será difícil. Se pensarmos onde estavam os principais líderes das associações, estavam na Islândia a ver o jogo de Portugal. Isso quer dizer algo importante e tudo indica para uma recandidatura de Gilberto Madail.
Quem quer ser presidente da Federação, não é só porque lhe apetece. Se dependesse da opinião pública a história seria outra. Mas quem quiser ser presidente tem que saber que vai vencer. Com os actuais estatutos, o futebol continua na ilegalidade e só perante um cenário de mudança neste aspecto é que as coisas poderão ficar mais clarificadas."
VITOR BAÍA
jornal "A Bola" - 14/10/2010
Qualquer semelhança com eleições internas de partidos políticos é pura coincidência!
A propósito das recentes eleições, realizadas nas Federações do PS, em Coimbra, Lisboa e Porto, foram revelados alguns episódios, que embora longe de serem novidade, são factores de forte desprestígio para o partido. E também foram demasiado ostensivos para passarem despercebidos.
Não conheço as reacções dos candidatos que se sentiram prejudicados nas Federações do Porto e de Lisboa, mas sei, pela comunicação social, que o candidato, relativamente ao qual os números difundidos dão como derrotado em Coimbra, vai contestar os resultados apurados e talvez recorrer aos tribunais.
Aliás, estes últimos episódios mostram como tem actualidade o que a moção Mudar para Mudar, apresentada no Congresso Nacional do PS de 2009, de que fui um dos subscritores, defendeu a propósito das eleições internas no PS.
Começava por sustentar que: “É necessário e urgente aprofundar a democracia interna do PS, abrir o partido à sociedade e modernizar as suas estruturas, práticas e imagem,..”. E mais adiante defendia expressamente a: “Instituição de regras e meios de transparência nas eleições internas, que assegurem condições de democraticidade efectivas, com igualdade para todos os candidatos e pesadas sanções disciplinares para as irregularidades processuais, as pressões e expedientes ilegítimos” .
E, detalhando um pouco mais o que defendia, acrescentava: “No segundo plano, situa-se o imperativo de aperfeiçoar a democraticidade e a transparência de todas as eleições internas do PS. Aperfeiçoamento da democraticidades, cujo sentido pode ser dado, a título de exemplo, e como exigências mínimas, através de duas ou três regras.
A primeira regra a fixar deve ser a do financiamento interno das campanhas ser da responsabilidade do próprio Partido, de modo a que nenhum candidato possa investir na campanha dinheiro seu, ou que lhe tenha sido dado pessoalmente.
No mesmo sentido, os órgãos executivos do partido estarão obrigados a ser neutrais nas disputas internas, cabendo-lhes organizar todas as sessões de esclarecimento dos candidatos, as quais só poderão realizar-se com a presença de representantes de todas as candidaturas concorrentes.
Por último, deverão ser instituídos mecanismos de controle e aplicar sanções disciplinares a membros do PS responsáveis por qualquer tipo de pressão sobre os militantes para lhes condicionar o sentido de voto, bem como por irregularidades processuais ou tentativa de trocar favores por votos.”
Muitos dos que, olimpicamente, ignoraram as posições que então defendemos, tratando-as como coisas menores, sentiram agora na pele as consequências da sua não adopção. Muitos dos que despercebidamente no passado adoptaram procedimentos equivalentes, beberam agora do cálice que antes deram a beber.
Mas, ao contrário do que podem alguns pensar, uma mão, neste caso, não lava a outra. Pode ter ganho A ou B, por um voto, por 46 ou por 150, mas quem perdeu um pouco mais da sua credibilidade foi o PS no seu todo. E não se iludam, o que antes era engolido em silêncio tende a deixar de o ser, o que antes era admitido constrangidamente vai cada vez mais deixar de o ser, o que antes azedava um pouco vai azedar mais.
E nem sequer está apenas em causa a legalidade e a conformidade com os estatutos, embora o seu respeito completo não possa deixar de ser exigido. O que está em causa, primariamente, é a indecência de certos comportamentos, que não apareceram como novidade nestas eleições, mas nem por isso são menos censuráveis.
Uma coisa é certa: todas as pequenas falcatruas, todas as habilidades dirigidas à simples captação de votos, todas as pressões sugerindo troca de votos por favores, todas as pequenas e grandes parcialidades das estruturas formais do partido, são uma negação peremptória da ética republicana. E a retórica empolada que proclame, grandiloquente, uma teoria que desconsidera, radicalmente, na prática, seria apenas ridícula, se não pudesse vir a ser trágica.
Rui Namorado
in “O Grande Zoo”
Tinha o seu nome no registo
E, para além, dos momentos de filosofia barata,
Do “penso, logo existo”, do “sei que nada sei”,
Tinha uma fome sem remédio a que chamava poesia.
Ao seu olhar, tudo tinha um certo espírito secreto
Que ninguém entendia, ou não queria !...
Tinha um incógnito rosto
E, um gosto absurdo de sofrer, a dor própria e a alheia,
E, um certo cansaço de ver
A mesma aranha tecer a mesma teia.
Era, tal como os mais,
Dono de tudo sem querer nada.
Raramente lia os jornais
E, acerca dele, a impressão dos outros pouco importava !...
O outro que tinha,
O outro que era, ...
O outro ? Que outro ?!
Sou eu !
Manuel M. Oliveira
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Que importa estar contente ? Estar contente que importa ? Se não abres tua porta a toda a gente, Se tua fé ardente já é morta !
Sorrir, não posso ! Não posso, sorrir ! Se já o que é nosso, não é nosso, Se já nem as flores deixam florir !
Está decidido. Vou pendurar a minha alma no cabide. Quem me proíbe ? Ninguém me proíbe !
É sensível, É frágil, É menor, A minha alma. As cenas são eventualmente chocantes. Não a quero magoar !
Que sensação, Só a usar em ocasiões especiais ! Em ocasiões de sorrisos maquinais, Risos de cristal, Cenários intactos. Coisas de agradar às almas sensíveis !...
Que maravilha, Só ver aquilo que quero ver, Não sentir nada que não queira sentir, Não saber nada que não queira saber: O porquê, Daquele cego, além, tocando concertina, Daquela mulher, naquela esquina, Que bem podia ser rainha !...
Será que quero isto ? Ando bem, assim ? Todos os dias, Ao cair da noite, Choro,
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Manuel M. Oliveira
Homenagem a FINA d'ARMADA, historiadora e escritora, com várias obras publicadas, de que destacamos a mais recente "As mulheres na implantação da República".
Na Secção Sectorial EDP-Porto, a que pertencemos, com 29% de votantes, o resultado foi de 91% para José Luís Carneiro e 9% para Renato Sampaio. A Lista B - "Por um Porto de Esperança" elegeu 1 delegado e único em disputa, o camarada José Olival.
Resultados globais : Renato Sampaio - 54% dos votos, é reeleito Presidente da Federação Distrital do Porto, e 46% para José Luís Carneiro. A Lista A – “Por um Porto Positivo” : 292 delegados e a Lista B – “Por um Porto de Esperança” : 219.
Felicitamos o reeleito Presidente da Federação Distrital do Porto, Renato Sampaio, e mãos à obra, porque temos já uma eleição Presidencial para ganhar, uma batalha que será de todos os socialistas do Distrito, que temos de travar com, ainda mais, energia e vigor.
Queremos agradecer ao camarada José Luís Carneiro a oportunidade que nos deu de participar nesta campanha. Tomamos partido e só nos arrependemos de não termos conseguido dar mais e melhor. Esta campanha já foi uma vitória. Estamos todos de parabéns. As sementes estão lançadas.
Por um Porto de Esperança, Por um Partido Socialista de Vitórias.
“Começa um rio numa gota de água
O sonho é que avoluma o corpo da nascente,
Fonte;
Tão delicada, e há-de ser torrente
A saltar fragas e a rasgar o monte”
Miguel Torga, Diário VII
Porque sabemos que o camarada José Luís Carneiro é um socialista por extenso, capaz de mobilizar todos os socialistas, liderar um projecto em defesa da Região Norte e de coordenar uma equipa para obter grandes vitórias nos combates políticos que se avizinham.
Porque queremos uma Federação atenta aos sinais e exigências do nosso tempo, verdadeiramente democrática e plural, onde os militantes se sintam respeitados na sua dignidade e autonomia, com valores éticos, com convicção e militância, como um espaço de Liberdade e que os militantes sintam sua.
Porque esta Candidatura posiciona as pessoas no centro das políticas, indo ao encontro da histórica vertente humanista do Partido Socialista.
Nós apoiamos a candidatura do camarada José Luís Carneiro, porque temos a certeza que será um bom líder para o PS/Porto, rejuvenescendo as estruturas e qualificando a intervenção do partido no distrito e na região.
Nós votamos Lista B.
Nós votamos José Luís Carneiro.
Por um Porto de Esperança, Por um PS de Vitórias
Fernando Pêgas
José Carlos Sousa
Manuel Oliveira
Membros da Corrente de Opinião Esquerda Socialista
Membros da Comissão Nacional do Partido Socialista
Como diz o poeta, camarada, Manuel Alegre:
“…todo o tempo é sempre tempo de tomar partido, todo o tempo é sempre tempo de combate. Então ocorrem-me outros versos de Sophia:
“Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos”
E volto a sentir a alegria e o prazer da política. Mesmo que me digam que esta batalha está perdida, repito para mim próprio: só é vencido quem desiste de lutar. E sei que não há maior vitória do que esta: estar onde se deve estar, com os seus, pelos seus.”
"Porto Sentido"
Rui Veloso
Imaginando que há setecentos mil trabalhadores na Administração Pública e que desses 30% ganham mais de 1.500 Euros temos 210 mil trabalhadores da AP que vão contribuir para que toda a AP tenha um decréscimo de encargos salariais de 5%.
Coisa fina.
Fazendo as contas por alto, considerando os anos em que os salários na AP estiveram congelados (coisa de que ninguém fala) e apesar do aumento de 2,9 do ano passado (coisa de que não há quem não fale), os tais 210 mil trabalhadores da AP irão ficar com salários semelhantes aos que tinham há 10 anos.
Nesses 10 anos essa gente assumiu compromissos mediante os vencimentos que tinha. Meteu-se a comprar casa, a educar os filhos, etc. e, como tinha as contas feitas, não se considerava na faixa do chamado “risco de crédito malparado”. Também os Belmiros e quejandos mantinham as prateleiras aptas para essa gente e o fisco que lhes paga com uma mão e que, com a outra, lhes arrecada parte, vai ter decréscimo na receita.
A espiral criada irá retirar o sorriso cretino da cara de quem agora pensa que isto é o mal dos outros. Esquecem-se que o problema reside no facto de Portugal ser um País de funcionários públicos.
Uns, porque têm esse estatuto de papel passado, como diriam os brasileiros, são os bodes-expiatórios, os outros que não o têm, mas cujas empresas vivem quase exclusivamente do erário público, julgam-se diferentes e afinal a diferença assenta só naquilo que os segundos empocham a mais do que os primeiros.
Costumo dizer que em Portugal os funcionários públicos são de primeira e de segunda. Uns picam o ponto e deles se diz serem o mal da nação, os outros estão isentos desta obrigação e repimpam-se à mesa do orçamento pendurados nas rubricas de "aquisição de serviços" ou de "serviços diversos".
Os primeiros calam-se e comem (pouco), os segundos enchem o bandulho, criticam os primeiros atirando-lhes à cara que são eles que lhes pagam os vencimentos, como se o vencimento de uns e outros não resultasse do pagamento do trabalho.
Luís Novaes Tito
Camarada R, temos que lhe deixar aqui a devida homenagem: soube chamar os nomes às coisas e num momento de grande ilustração soube recordar-nos que os povos nunca passam anónimos na História.
Corria o ano de 1945 e a Argentina conhecia grandes convulsões sociais. A 17 de Outubro, centenas de apoiantes de Juan Peron – naquele momento aliado dos sindicalistas e trabalhadores – reuniram-se na praça de Maio, frente à Casa Rosada pedindo a libertação de Peron e de outros activistas. Era um dia de calor e para se refrescarem banhavam os pés na fonte da praça e despiam as camisas. A direita designou-os de “descamisados”: tão pobres que nem uma camisa eram capazes de comprar… Rapidamente o termo foi assumido como uma expressão de orgulho.
Hoje ser um “descamisado” é ostentar o trabalho e a condição de trabalhador como fonte de orgulho e dignidade pessoal.
Camarada R., quando nos apelida de “descamisados” enche-nos de orgulho. Ser “descamisado” hoje é uma forma de honrar os que, generosamente, lutaram pela liberdade e dignidade dos trabalhadores e solidariamente, não arredaram pé perante a necessidade da libertação do seu líder. Mas também é honrar a alma dos “sans culotes” franceses que incorporaram a revolução de 1789 a 1799… Ou o movimento dos “descamisados” ou “sem terra”de Lula no Brasil… A História está cheia de momentos em que o povo dedicou-se generosamente a uma causa e decidiu o seu destino.
Estes “descamisados” farão jus ao seu nome: no dia 9 não arredaremos pé desta ambição de trazer o PS, firmemente, para junto dos interesses dos trabalhadores, dos democratas, dos cidadãos, de todos aqueles que “descamisados” vestem o sonho da República e da Democracia.
Paulo del Pino Fernandes
in CARPE DIEM
Se é que houvesse dúvidas, na sessão de ontem com as Secções Sectoriais ficariam dissipadas.
Estamos com José Luís Carneiro porque esta Candidatura posiciona as pessoas no centro das políticas, indo ao encontro da histórica vertente humanista do Partido Socialista.
» Nós também somos da esque...
» JOSÉ SÓCRATES EM ARRUADA ...
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