Quando digo (e digo-o vezes q.b.) que o jornalismo é a mais antiga profissão do mundo e me observam "A mais antiga não é a outra?", costumo responder: "Sim, é a outra, isto é, a mesma". É certo que as generalizações são injustas (e esta é uma generalização injusta, pois há generalizações justas), e que, felizmente, há gente séria no jornalismo, como talvez também na "outra" profissão. Só que, no jornalismo, seria suposto (exigível, pelo menos, é) que a regra fosse a honestidade.
Mas mais temível que a desonestidade, e confundindo-se com ela nos resultados, é a negligência profissional.
Nos últimos dias foi, primeiro, a falsa notícia da SIC sobre os "aumentos" de dirigentes da Segurança Social, que os demais media repetiram sem se darem ao trabalho de confirmar. Ontem foi a manchete do "i" sobre as conclusões de "despesismo injustificado" de uma auditoria do TC ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) que foi, do mesmo modo, repetida acriticamente por tudo quanto é media, da RTP à RR e do "Público" a "A Bola" e, do mesmo modo, sem ninguém descobrir que tal relatório, se bem que só agora disponibilizado, tem mais de meio ano, refere-se a 2007/2008 e foi uma das razões, em Junho, da demissão da presidente do Conselho de Administração do SUCH.
O jornalismo pela-se por más notícias. Mas não há más notícias que cheguem. Por isso é preciso inventá-las ou ir à procura delas ao sótão.
Manuel António Pina
in JN
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