“Há muita gente a viver mal em Portugal, em dificuldades, e a classe média está a empobrecer. É preciso encontrar soluções para isso" afirmou ontem Manuel Alegre no Porto. “A pobreza não é uma fatalidade nem é culpa dos pobres. É uma questão estrutural que pode ser vencida e que releva do modelo económico e do papel regulador do Estado.”
No debate "Nova esquerda e desigualdade: que políticas?" promovido pelo núcleo do Porto da Corrente de Opinião Socialista/PS, Alegre afirmou que “ser funcionário público hoje é quase um acto de resistência” e considerou que é preciso “restaurar o espírito de serviço público”.
Segundo Manuel Alegre, é preciso vencer as barreiras dos preconceitos. “Há uma colonização dos conceitos e da linguagem”, disse, “feita pelos neo-conservadores em relação a uma parte da esquerda”, mas “se falamos aos nossos com uma linguagem que não é a nossa, eles não nos entendem”, concluindo que “não é por acaso que deixou de se falar em socialismo e em capitalismo, duas palavras banidas do discurso politicamente correcto”.
Sobre o papel do Estado, Alegre considera que assistimos à “substituição do dogma das nacionalizações pelo dogma das privatizações” e afirmou que "pode haver situações em sejam necessárias nacionalizações para a própria sobrevivência da democracia". “Renacionalizar empresas não é pecado nem o Tratado de Roma o proíbe", frisou, explicando que o seu conceito de nacionalizar “é voltar a um Estado que assuma as suas responsabilidades no combate às desigualdades".O grande combate da esquerda hoje, segundo Alegre, “é saber se é possível ou não outra lógica na economia.” “Não podemos é aceitar”, concluiu, “a humilhação do Estado face à sociedade civil".
Lusa
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