Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
Que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
Para passar por meu. E para os outros ladrões,
Iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
"Antes o nosso mundo era a preto e branco e procurávamos na arte a paleta das cores; hoje temos as cores mas falta-nos a massa cinzenta"
José Mário Branco
compositor
“… que os jovens consigam mudar a lei eleitoral para que um cidadão independente possa chegar ao Parlamento e que exijam aos políticos mais seriedade e que olhem menos para a barriga e mais para o país real.”
Alfredo Assunção
militar de abril e general na reserva
JN-25/04/2009
Abril foi verde e vermelho
para as mulheres foi verde e verde.
Veio um cravo de madrugada
do jardim de várias mentes
da mão de alguém para a minha.
Trazia um rasto de fogo
e ao circular pelo povo
quanta esperança continha!
Era um cravo de Abril vermelho,
mas verde de todos os verdes.
Agarramos esse cravo
vermelho, verde, vontades,
e conquistamos liberdades,
leis iguais, vitórias mil.
E eis-nos mulheres de Abril
num país de novos tempos,
derrubando muros, ventos,
reivindicando outro espaço,
novos sentires, pensamentos.
E quando penso, mulheres,
nas portas que o cravo abriu,
não sei se a flor é o cravo
se é a esperança que então surgiu.
Para as mulheres foi verde e verde
o cravo vermelho de Abril.
Abril/2000
Fina d'Armada
Perdemos os sonhos ou são os sonhos que nos perdem? O meu sonho de menino sempre foi ser presidente de uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos; e quando, em vez de estudar, me punha a ler o "Cavaleiro Andante", minha mãe dizia-me: "Estuda se queres vir a ser presidente de uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos", sabendo que só isso era capaz de me arrancar da companhia de Tartarin de Tarascon e de Tintin.
Chegado a esse lugar de exílio que é a idade adulta (o que sucedeu mais ao menos na altura
JN - 2009/04/02
» Nós também somos da esque...
» JOSÉ SÓCRATES EM ARRUADA ...
» ...
» ...
» ...
» ...
» ...
» ...
» ...
» Aldeia
» Arrastão
» Associação Desenv Integrado Valbom
» Citador
» DesNORTE
» Indeks
» Moriana
» Murcon
» Odisseus
» Poemar
» Pópulo
» Só Maria