Segunda-feira, 3 de Março de 2008
“Todo o problema actual na educação, havendo efectivamente um problema e não pequeno, é passado para a opinião pública como uma ofensiva agressiva contra os professores, assistindo-se agora à reacção das vítimas. Como se a escola se reduzisse ao binómio ministérios-professores, desaguando num problema laboral entre as partes. Esta concentração de protagonismos, gerada pela arrogância ministerial e pelo enorme poder corporativo acumulado pelo sindicalismo do ensino, indica que as escolas existem para o ministério ditar sentenças e os professores reagirem, como se a escola fosse um mero local de trabalho cuja finalidade é dar emprego aos professores. Neste afunilamento, o ensino afasta-se do conceito de serviço público, perdendo-se a perspectiva que a escola serve os alunos, os “clientes finais”, ensinando-os, com a obrigação de os ensinar bem, cada vez melhor.“
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